História dos Bambis

Estou reproduzindo o texto de Filipe, blogger do “O Mosqueteiro e Sua Cachaça“, que foi postado aqui em forma de comentário ao post “Guerra aos Bambis“.

Decerto já ouviu falar do episódio das Barricas, em que Porfírio da Paz (um dos fundadores do SPFC) passou entre a torcida Fiel e a porcada, em 38, com um barril pra serem jogadas moedas. Esmolas, porque aquilo estava a falir pela segunda vez. * “aquilo” se refere ao time dos Bambis *

Foi uma espécie de “amistoso” entre as duas agremiações mais populares de Piratininga. Ou seja, a corja formadora se aproveitou dessa rivalidade para continuar existindo. Por causa desse jogo, começaram a se auto-intitular “o mais querido”. Empáfia pouca é bobagem.

O clube que foi “resgatado” com essa esmola, três anos depois, em 41, conspirava para que o estado ditatorial tomasse o controle do Corinthians. Claro que a Alma Corinthiana estava em todas as camadas, esfera, estâncias da sociedade, e isso foi frustrado na primeira hora. Mas o golpe nos levou a uma crise que durou anos.

No ano seguinte tentavam tomar o Palestra. Se utilizando da oportunidade: na época havia o Brasil declarado guerra ao eixo, e portanto aquele clube estava em guerra contra o Brasil.

Chegaram a discursar nesse sentido, o ranço mal-amado pelas senhorinhas que mandavam no Paulistano e conseguiram que, pra sempre, fosse aquele clube um clube de chá-das-cinco. Elas viram desde cedo o que ia acontecer ao futebol – tanto que aquela corja formadora conseguiu falir pelo menos duas vezes, fora as tantas vezes que nem ouvimos falar.

Enfim, desculpe o longuíssimo comentário, mas se quisermos entender o ponto histórico onde se dá essa inflexão, que é manifestada nessa atitude que possivelmente – e até com o dever de – os dois presidentes irão tomar, temos que recordar de todos esses fatos.

Os bambis de hoje em dia acham que isso é brincadeira. Acham até que conseguiram realizar essa tão sonhada “eugenia”, que na verdade é inversa. Acham que, ganhando tudo, terão o que os clubes de verdade têm: um Povo para o carregar.

Mas nem os próprios bambis ousam dizer que têm. Ou seja, bambi é bambi muito mais por causa da vitrine purpurinada de meia duzia de troféu de latão do que pra estar ao lado do clube na alegria ou na tristeza, na saúde ou na doença, com chuva, sol, na neve, onde for, nas circunstâncias em que se encontrar, não importando se no campo da CMTC ou no Maracanã, no Pacaembu ou na ressacada.

O grito que mais se ouvia no privadão no dia daquele jogo era “Ô Ô Ô VAI PRA CIMA DELAS TIMÃO: da bicharada!!!”

Somos tudo o que a madame mimada não é, e ela só tem essa meia dúzia de troféuzinho pra mostrar.

Falta, porém, o que nos sobra: ALMA.

* Concordo em gênero, número e grau com as análises do Filipe, e fica aqui um pouco da história do time dos bambis.

Queria adicionar a esse post um fato novo: o dirigente bambi João Paulo de Jesus Lopes está tentando uma reaproximação com a diretoria do Timão e do Porco. Nos bastidores dizem que contratos de camarote no Morumbi não estão sendo renovados, pois o Timão e os Porcos não jogarão mais lá.

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2 comentários para “História dos Bambis”

  1. Wesley disse:

    Olá muito bom dia para todos eu gostaria de fazer um pedido gostaria de poder tirar uma foto com todo o time do corinthians porque eu gostaria de ver o felipe, dentinho,ronaldo e os outros jogadores.
    Porque eu e o meu tio e o meu primo somos fanáticos pelo corinthians gostaria de está realizando o meu sonho e o sonho do meu tio e primo.

    Muito obrigado!

  2. Daniel Zanqueta disse:

    Eu sou um bambi que nao conhecia a minha propira historia!!

    Queria receber e-mails de outros corinthianos, sobre o q eles acham dos bambis: dazaq@hotmail.com

    Valeu!

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