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16 de dezembro: uma data importante

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Hoje é um dia para ser lembrado pelo corintiano. Dia 16 de dezembro foi a data de dois títulos fundamentais da história do Corinthains: o primeiro Campeonato Brasileiro, em 1990 e o segundo mundial, em 2012.

Há exato um ano, o torcedor corintiano vibrava com o gol de Guerrero sobre o Chelsea na final do Mundial de Clubes da FIFA. Há exatos 23 anos, o torcedor vibrava com o gol de carrinho de Tupãzinho sontr o São Paulo na final do Brasileirão.

Os dois grupos ficarão eternamente na memória e no coração corintiano. Se o esquadrão de 2012 foi responsável pela primeira Libertadores da história do time, a equipe de 1990 conquistou o primeiro grandioso título nacional, depois de 80 anos de existência.

2012 foi o ano mais vitorioso do Corinthians. Mas foi em 1990 que o time iniciou a década que traria outros títulos nacionais e encerraria com o primeiro Mundial de Clubes FIFA. Tudo no quase mítico dia 16 de dezembro.

Obrigado grandes nomes dessa nação que ajudaram a fazer do Corinthians o que ele é até hoje. E que muitos outros títulos ainda venham.

Tite escolhe os cinco jogos mais marcantes no comando do Corinthians

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

O que Tite causou no Corinthians foi uma verdadeira reviravolta. Seu esquema tático muito bem amarrado fez com que o time jogasse mantendo a costumaz segurança mesmo sem algumas peças fundamentais. A despeito do esquema ter ficado repetitivo e o ataque ser ineficaz em 2013, sua apssagem foi a mais vitoriosa da história do clube.

Em sua despedida, o já histórico treinador elegeu as cinco partidas mais marcantes que teve no comando do time. Perguntadosobre qual teria sido “o jogo”, ele respondeu: “Se eu tivesse de escolher um jogo só… Não dá, seria a Libertadores do ano passado inteira. Gostaria de repetir. O jogo do título representa os 14 que passamos. Campeão invicto e do fair play Não foi preciso dar porrada, cusparada ou qualquer outra coisa. Fomos melhores e mais competentes”

Por isso ele listou cinco. Confira abaixo com os comentário dele; obviamente a lista é foca no ano de 2012, mas tem supresas ali. Será que você concordo com a escolha do técnico?

  • Corinthians 1 x 1 Boca Juniors – Libertadores 2013

O maior reconhecimento que vi e ouvi para com o desempenho de sua equipe, seu técnico e direção. Emocionante. Levo esse exemplo para minhas palestras que vou dar, e levo para mim como reconhecimento

  • Corinthians 1 x 0 Vasco – Libertadores 2012

Vai continuar me emocionando a cada vez que vejo. Representa o gol de uma equipe  Se vocês imaginam um ímã, é aquele estádio todo querendo abraçar o Paulinho. Eu fui expulso, estava na arquibancada e queria me atirar dentro do campo. Todos envolvidos. Ali representa o que é uma equipe

  • Corinthians 0 x 0 Internacional – Brasileiro 2013

O torcedor corintiano é muito apaixonado, muito exigente, mas também reconhece muito. E me reconheceu muito naquela noite

  • Corinthians 1 x 0 Chelsea – Mundial de Clubes 2012

O fascínio, a cereja do bolo, a esposa que tu queria casar, a namorada que tu queria ter. E tudo mais (risos)

  • Corinthians 2 x 0 Boca Juniors – Libertadores 2012

O jogo do resgate do orgulho próprio, da autoestima, do amor próprio do corintiano. Um jogo para ser lembrado para sempre”.

Tite atinge marca história com Corinthians em xeque

quarta-feira, 31 de julho de 2013


A partida de hoje a noite marca dois pontos interessantes e díspares. Por um lado, Tite atinge a marca história de 240 jogos comandando o Corinthians. Por outro lado, o Corinthians está há quatro jogos sem vencer no Brasileirão e precisa, urgentemente, embalar uma sequencia de vitórias para subir na tabela.

Com os números de Tite, ele agora é o terceiro treinador que mais comandou o time na história, perdendo para Rato, com 257 jogos nas décadas de 50 e 60 e para Oswaldo Brandão, com 440 (!) jogos em cinco passagens pelo clube ao longo dos anos 50, 60 e 70. Brandão era o treinador no histórico Campeonato Paulista de 1977.

Mas para a marca histórica ser coroada, um triunfo hoje diante do Grêmio é fundamental, pois pode ser o início de uma sequencia de vitórias que o time precisa. O último placar favorável do Timão foi contra o Bahia por 2 a 0.

Hoje, no Pacaembu, Tite não esconde a escalação que conta apenas com a ausência de Fábio Santos, suspenso com três cartões amarelos; o jovem Igor jogará em sua posição. Renato Augusto, no entanto, continua como opção na reserva, já que Emerson e Romarinho foram confirmados. O time será Cássio, Edenílson, Gil, Paulo André e Igor; Ralf e Guilherme; Danilo, Romarinho e Emerson; Guerrero.

Para recordar: os primeiros anos do Timão no Paulistão

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Como um verdadeiro time do povo, o Corinthians nasceu na várzea. Antes das piadinhas, vale ressaltar que o futebol no Brasil em 1910 era semiprofissional (em alguns aspectos, ainda é).

A estreia do Timão em campo foi contra um respeitado time da várzea paulista da época: o União da Lapa. Apenas dez dias após sua fundação, o jogo ocorreu 10 de setembro de 1910. Mesmo derrotado, o Corinthians mostrou aquilo que seria a tônica do time nesses mais de 100 anos de existência: muita raça.

Mesmo com uma equipe reconhecidamente inferior, o Corinthians deu trabalho para o forte União da Lapa que saiu vitorioso pelo magro placar de 1 a 0. A primeira escalação do time foi Valente, Perrone e Atílio; Lepre, Alfredo e Police; João da Silva, Jorge Campbell, Luiz Fabi, César Nunes e Joaquim Ambrósio.

Quatro dias depois, o Corinthians teve sua primeira vitória. No Campo da Rua Imigrantes, o Corinthians bateu o Estrela Polar pelo placar de 2 a 0. O Timão repetiu a escalação do jogo anterior e Luiz Fabi marcou o primeiro gol da história do clube. Depois desse jogo, foram dois anos de invencibilidade.

O time começou a ganhar outra característica existente até hoje: fiéis seguidores pela várzea paulistana.

Com bons resultados, era hora de tentar uma vaga no Campeonato Paulista, o primeiro torneio de caráter oficial e profissional. A chance veio em 1913, mas a Liga Paulista (não existia a Federação Paulista de Futebol) só daria a vaga ao Timão se passasse por uma eliminatória antes.

Resultado? Dois jogos e duas vitórias. Primeiro uma vitória por 1 a 0 sobre o Minas Gerais (isso mesmo, para o Campeonato Paulista) e depois uma vitória de 4 a 0 sobre o São Paulo do Bexiga e participação garantida no Campeonato Paulista.

Na estreia profissional, o fim da invencibilidade: revés de 3 a 1 diante do Germânia. Mas o atacante Joaquim Rodrigues escreveu seu nome na história do clube fazendo o primeiro gol profissional do Timão.

O Corinthians terminou seu primeiro Paulistão em quarto lugar.

Mas em 1914 começou a força do maior vencedor do Campeonato Paulista. Uma campanha arrasadora, com dez vitórias em dez jogos, 39 gols marcados e goleadas para todos os lados, o Corinthians venceu seu primeiro título da história. Neco ainda se sagrou o artilheiro da competição, com 12 gols marcados (em 10 jogos) e o primeiro ídolo da crescente torcida.

Começava assim a história do Sport Club Corinthians Paulista, um clube que ao longo dos seus mais de cem anos passou pela várzea, lutou pelo profissionalismo, enfrentou um jejum de 23 anos sem um título de expressão (apesar de ser considerado um período sem nenhum título, o Corinthians conquistou 15 títulos de pouca expressão entre 1955 e 1977, mas isso é assunto para outro post) e foi rebaixado a série B do Brasileirão. Mas também invadiu o Maracanã, realizou o maior movimento esportivo-social do país com a Democracia Corintiana, conquistou o Brasil, a América e dominou o mundo. E hoje é o clube mais profissional do Brasil.

Por essas e outras, temos orgulho de falar: aqui é Corinthians.

Você sabia que Corinthians e Chelsea já se enfrentaram?

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

O ano era 1929. O Corinthians era um jovem time de 12 anos e campeão paulista daquele ano. O Chelsea era um pequeno clube da segunda divisão inglesa.

Eis que os ingleses partem para a América do Sul para uma séria de amistosos em sua pré-temporada. Começando pela Argentina e Uruguai, quando os blues chegaram ao Brasil enfrentaram um combinado de jogadores cariocas no Rio de Janeiro. Com um empate e uma derrota, partiram para São Paulo, onde enfrentariam o Corinthians.

O jogo de São Paulo rendeu crítica aos ingleses pelo feio futebol que apresentaram. Porém o jogo, garantem historiadores, teve muitas emoções que compensaram o baixo nível técnico: resultado de 4 a 4, dois gols anulados e oito bolas na trave.

Coincidência ou não, o Chelsea voltou para a primeira divisão do Campeonato Inglês na temporada seguinte.

Mas as curiosidades não param por aí. Na Inglaterra, um historiado oficial do Chelsea (sim, existe isso na Europa) disse que o poder de reação e a raça do Corinthians impressionaram o clube londrino. Ele ainda garante que o Timão foi apelidado de “time da virada” na ocasião, pois perdia de 3 a 0 e conseguiu reverter o jogo para 4 a 3, cedendo o empate no final.

Isso prova que o Corinthians é um time guerreiro desde seus primeiros anos.

Outra curiosidade: o jogo ocorreu no dia 4 de julho, mesmo dia em que o Timão sagrou-se campeão invicto da Libertadores este ano. Data histórica para o clube.

Para completar, acompanhe a escalação do Timão naquele jogo: Tuffy; Grané e Del Debbio; Nerino, Guimarães e Leone; Apparício, Peres, Gambinha, Rato e De Maria. O treinador era Virgílio Montarini.

História dos Bambis

segunda-feira, 2 de março de 2009

Estou reproduzindo o texto de Filipe, blogger do “O Mosqueteiro e Sua Cachaça“, que foi postado aqui em forma de comentário ao post “Guerra aos Bambis“.

Decerto já ouviu falar do episódio das Barricas, em que Porfírio da Paz (um dos fundadores do SPFC) passou entre a torcida Fiel e a porcada, em 38, com um barril pra serem jogadas moedas. Esmolas, porque aquilo estava a falir pela segunda vez. * “aquilo” se refere ao time dos Bambis *

Foi uma espécie de “amistoso” entre as duas agremiações mais populares de Piratininga. Ou seja, a corja formadora se aproveitou dessa rivalidade para continuar existindo. Por causa desse jogo, começaram a se auto-intitular “o mais querido”. Empáfia pouca é bobagem.

O clube que foi “resgatado” com essa esmola, três anos depois, em 41, conspirava para que o estado ditatorial tomasse o controle do Corinthians. Claro que a Alma Corinthiana estava em todas as camadas, esfera, estâncias da sociedade, e isso foi frustrado na primeira hora. Mas o golpe nos levou a uma crise que durou anos.

No ano seguinte tentavam tomar o Palestra. Se utilizando da oportunidade: na época havia o Brasil declarado guerra ao eixo, e portanto aquele clube estava em guerra contra o Brasil.

Chegaram a discursar nesse sentido, o ranço mal-amado pelas senhorinhas que mandavam no Paulistano e conseguiram que, pra sempre, fosse aquele clube um clube de chá-das-cinco. Elas viram desde cedo o que ia acontecer ao futebol – tanto que aquela corja formadora conseguiu falir pelo menos duas vezes, fora as tantas vezes que nem ouvimos falar.

Enfim, desculpe o longuíssimo comentário, mas se quisermos entender o ponto histórico onde se dá essa inflexão, que é manifestada nessa atitude que possivelmente – e até com o dever de – os dois presidentes irão tomar, temos que recordar de todos esses fatos.

Os bambis de hoje em dia acham que isso é brincadeira. Acham até que conseguiram realizar essa tão sonhada “eugenia”, que na verdade é inversa. Acham que, ganhando tudo, terão o que os clubes de verdade têm: um Povo para o carregar.

Mas nem os próprios bambis ousam dizer que têm. Ou seja, bambi é bambi muito mais por causa da vitrine purpurinada de meia duzia de troféu de latão do que pra estar ao lado do clube na alegria ou na tristeza, na saúde ou na doença, com chuva, sol, na neve, onde for, nas circunstâncias em que se encontrar, não importando se no campo da CMTC ou no Maracanã, no Pacaembu ou na ressacada.

O grito que mais se ouvia no privadão no dia daquele jogo era “Ô Ô Ô VAI PRA CIMA DELAS TIMÃO: da bicharada!!!”

Somos tudo o que a madame mimada não é, e ela só tem essa meia dúzia de troféuzinho pra mostrar.

Falta, porém, o que nos sobra: ALMA.

* Concordo em gênero, número e grau com as análises do Filipe, e fica aqui um pouco da história do time dos bambis.

Queria adicionar a esse post um fato novo: o dirigente bambi João Paulo de Jesus Lopes está tentando uma reaproximação com a diretoria do Timão e do Porco. Nos bastidores dizem que contratos de camarote no Morumbi não estão sendo renovados, pois o Timão e os Porcos não jogarão mais lá.