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The Favela is here

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Muito difícil comentar o que aconteceu ontem. Inúmeros de clichês vêm à mente: “o tostão venceu o milhão”, “o Timão dominou o mundo”, “o Japão foi tomado pelo bando de loucos” e etc.

Destacamos alguns pontos e peças: Tite foi não menos que perfeito em sua leitura tática. O melhor treinador brasileiro disparado acertou a mão outra vez.

Jorge Henrique entrou no lugar de Douglas e fez uma ótima partida, taticamente perfeita, aproximando-se de Ralf e Alessandro e ajudando a anular a criativa armação do Chelsea.

Manter Guerrero como homem referência no ataque deu mais que certo: valeu o gol do título. Decisão contestada por se tratar de um time cuja característica é não ter um referente, Tite mostrou-se preciso em apostar no peruano.

O atacante foi importante em quase todos os lances de perigo do ataque corintiano e manteve tanto David Luís quanto Cahill ocupados. Foi premiado com os dois únicos gols do Timão marcados no Mundial. E pela Bola de Bronze da competição.

Danilo, como de costume, foi brilhante. Frio, discreto, calculista e genial. Roubou bolas de Torres e Mata na defesa, acertou passes importantes pra ditar o ritmo do time e fez uma jogada que só jogadores acostumados a decidir fazem no gol de Guerrero. Reafirma-se (pela milésima vez) como o melhor meia do Brasil.

O sistema defensivo do Corinthians é algo incrível e a atuação magnífica de Cássio foi “só” a cereja do bolo. Defesas dignas dos melhores goleiros do mundo, o arqueiro corintiano levou a Bola de Ouro do Mundial, que premia o melhor jogador. Virou ídolo da torcida. São Cássio de Yokohama. Mostrou que ataque ganha jogo, mas é defesa que ganha campeonato.

Mas o que podemos tirar disso tudo? Ao pensarmos em toda a trajetória do time que foi rebaixado, eliminado na pré-Libertadores ao time que ganhou o Brasileiro e no ano seguinte a Libertadores e o Mundial de forma invicta, pelo menos um ponto deve ser destacado: a profissionalização do clube.

Em cinco anos, o Corinthians teve apenas três técnicos, coisa comum ao futebol europeu, mas não ao brasileiro. Um deles, inclusive, só saiu para assumir a Seleção Brasileira.

A decisão acertada de manter Tite após a eliminação para o Tolima em 2011 mostrou frutos antes do que se poderia imaginar: campeão brasileiro do mesmo ano. E, mais importante, constante evolução técnica e tática da equipe.

Se compararmos o Santos que disputou o ano passado com o Corinthians desse ano, vemos uma diferença gritante. Enquanto o Santos jogava no esquema “3-5-toca pro Neymar”, a riqueza tática do Corinthians é digna dos grandes clubes europeus.

A gigantesca superioridade na estratégia de jogo do Timão é fruto de preparação constante e da segurança e confiança no trabalho de um grupo. Por parte da direção e dos jogadores. Poucos técnicos no Brasil tem a liberdade de tirar um meio campista que deu assistência na semifinal e entrar com um time diferente na final. Na Europa é normal, no Brasil, não.

E o trabalho não para: o clube já pensa em reforços para 2013 (Renato Augusto já foi confirmado e agora se fala em Alexandre Pato). Sem contar o marketing do time, ainda inigualável no Brasil.

Mas vale ressaltar que não é uma evolução do futebol brasileiro. É uma evolução apenas do Corinthians. Tomara que sirva para alavancar mais mudanças de posturas em mais clubes, por enquanto isso não aconteceu.

O Corinthians fez uma partida perfeita? Não, Emerson e Paulinho ficaram abaixo do que se esperava deles, mas não chegaram a jogar mal. Ralf melhorou muito apenas no segundo tempo, quando se aproximou de Lampard e anulou os passes de média e longa distância dos Blues. Mas nenhuma crítica deve ser feita hoje.

A torcida fiel, camisa 12 do time, deu um show no Japão e mereceu destaque na imprensa inglesa. Doze anos depois de vencer seu primeiro Mundial, o time conquista o bi no torneio que começou 12/12/12. O melhor jogador da competição foi o goleiro Cássio, número 12.

É… 2012 será mesmo um ano que ficará na memória do corintiano para sempre.

Depois de tanto gritar e comemorar esse ano, a torcida agora grita “Volta, Corinthians” que o bando de loucos, aquele que nunca vai te abandonar, está esperando de braços abertos e um sorriso estampado na cara.

Considerações sobre a final anunciada

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Ninguém se surpreendeu com a final entre Corinthians e Chelsea pelo Mundial de Clubes FIFA. Mas vale tocar em alguns pontos sobre suas estreias.

O Chelsea enfrentou o Monterrey do México ontem (dia 13) e passeou em campo. Venceu com autoridade por 3 a 1, com destaque para as atuações de Juan Mata e Fernando Torres.

O atacante espanhol, com a chegada de Rafa Benítez, parece estar em seu melhor momento desde que chegou aos Blues. Marcou cinco gols nos últimos três jogos. Um diante do Monterrey.

Outro jogador com que teve grande atuação foi David Luiz. Jogando no meio de campo, fazendo papel de volante, mostrou-se seguro tanto nos desarmes quanto nas investidas ofensivas.

O Chelsea com certeza terá um time muito modificado no domingo. Ramires, que não jogou na estreia, será titular e David Luiz retorna à zaga. Oscar talvez fique no banco de reservas. O extenso elenco do time londrino permite inúmeras opções.

O Corinthians acompanhou o jogo de perto. Tite cogita mudar o time para a final com a possível a saída de Douglas para entrada de Jorge Henrique, apostando em mais velocidade pelas laterais do campo.

Engana-se quem diz que a favoritismo voltou a ser dos ingleses após a vitória de ontem. O favoritismo sempre é do time europeu. As exceções da história talvez sejam Santos bicampeão em 1962 e 1963 (diante do Benfica e do Milan) e Flamengo de 1981 (diante do Liverpool), quando as cifras do futebol eram infinitamente inferiores às de hoje.

Os motivos são simples: o campeão da Champions League sempre é um time muito mais rico e com um elenco muito mais estrelado que o campeão da Copa Libertadores da América. Sempre!

Obviamente que o favoritismo existe fora do campo apenas.

Porém o que preocupa os corintianos não é a atuação já esperada do Chelsea diante da equipe mexicana. É a má atuação diante do Al Ahly, principalmente no apático segundo tempo.

Por isso que, apesar da tranquilidade de Tite, a torcida esta apreensiva. Qual Corinthians veremos domingo? O apático e inseguro time que perdeu para o São Paulo e tomou pressão no segundo tempo contra o Al Ahly ou o forte e decisivo que não se intimidou com a tradição do Boca Juniors ou com o talento de Neymar no Santos e atropelou na Libertadores da América?

A resposta pra essa pergunta define entre o vice ou o Bi-Mundial.

Mesmo com “apagão” no segundo tempo, Corinthians garante vaga na final

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

O Corinthians enfrentou o Al Ahly em sua estreia pelo Mundial de Clubes FIFA e saiu vitorioso pelo placar mínimo. O único gol da partida foi marcado por Paolo Guerrero ainda no primeiro tempo.

Com um primeiro tempo seguro (e ansioso), o Corinthians dominava a partida, acuando o campeão africano em seu campo de defesa. Aos 30 minutos do primeiro tempo, após uma bola cruzada na área por Douglas, o peruano Guerrero abriu o placar de cabeça. Esse foi o único gol do jogo.

No segundo tempo, o Corinthians deu campo e posse de bola para os egípcios que aproveitaram e colocaram pressão sobre o Timão.  O único destaque do time na etapa final foi seu sistema defensivo quase impenetrável.

Os africanos perceberam que é difícil chegar à área do Corinthians e passaram a arriscar de longa distância. Mas os chutes só aconteceram porque o alvinegro deu muito espaço.

O time não encantou, nem apresentou um grande futebol. Passou um sufoco desnecessário.

Destaque do Corinthians em campo, o meia Danilo preferiu ver o lado positivo e exaltou a defesa: “Hoje em dia não tem jogo fácil, eles tocam bem a bola, tem qualidade. Mas o importante era a vitória, independente de qualquer coisa. Não conhecemos jogadores, nunca vimos, tem a ansiedade do primeiro jogo. Se eles empatam, muda o jogo. Mas soubemos nos defender bem. O primeiro tempo foi parelho, já no segundo eles tiveram mais posse de bola. Perdemos a bola muito rápido na frente. Mas o controle deles não era em chances, era mais no toque, e nosso time defendeu bem”.

Com essa vitória, o Timão está na final que acontecerá domingo (dia 15, às 8h30 horário de Brasília) contra o vencedor de Chlesea e Monterrey. Os ingleses e mexicanos se enfrentam amanhã as 8h30 (horário de Brasília) em Yokohama.

É amanhã! Tite vê o time afiado pra estreia

terça-feira, 11 de dezembro de 2012



Amanhã cedo muitos televisores e rádios do país estarão sintonizados no jogo de estreia do Timão no Mundial de Clubes da FIFA. Tite sabe disso e ressalta a responsabilidade do time em deixar mais de 30 milhões de torcedores felizes.

O treinador ressaltou em coletiva concedida hoje no Toyota Stadium que o Corinthians está preparado para a partida de amanhã e espantou o “salto alto”, mesmo reconhecendo o favoritismo do time. Tite ainda disse que não faltará dedicação e luta logo na estreia.

O técnico tocou num ponto interessante, porém: a importância da torcida e a responsabilidade do Corinthians em fazer um bom Mundial para alegrar seus torcedores. “Temos responsabilidade muito grande sim. A gente sabe que pode fazer mais de 35 milhões de pessoas felizes. A gente quer levar essa energia para o lado bom. Não quer que seja excesso de responsabilidade. Tem gente que saiu de emprego, abriu mão de família e de valores. Isso por nós é muito respeitado. Mas não é sobrecarga”, afirmou.

Ainda declarou: “Essa expectativa de participar é um feito extraordinário. Mas nós construímos isso e não vamos abrir mão do que conquistamos. Batalhamos muito para que esse momento chegasse. Temos que ir para dentro e sermos merecedores. Não é colocar inimigo, mas sim um adversário. Temos o direito de sonhar, sim”.

Fazendo média ou não, o treinador sempre se mostrou um homem correto e íntegro. Não só no Corinthians, mas em todos os clubes que trabalhou Tite sempre demonstrou respeito pela história e pelos torcedores.

De fato, se o treinador da Seleção Brasileira fosse escolhido por momento e merecimento, Tite seria o nome indicado, já que vive o melhor momento da carreira e faz o melhor trabalho em clubes brasileiros por dois anos seguidos.

De qualquer forma, o time está escalado: Cássio (que sentiu dores em Dubai mas está em perfeitas condições de jogo); Alessandro, Paulo André, Chicão e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Danilo e Douglas; Emerson e Paolo Guerrero (que também sentiu uma lesão no último jogo, diante do São Paulo, mas está completamente recuperado).

Não perca a hora: é amanhã (dia 12) às 8h30min (horário de Brasília).

Vai, Corinthians!

Corinthians se prepara para enfrentar o Al Ahly na estreia do Mundial

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Com o primeiro adversário já conhecido, Tite prepara o time para a estreia na quarta-feira (dia 12). Na ocasião, o Corinthians enfrentará o Al Ahly do Egito.

A equipe egípcia venceu o Sanfrecce Hiroshima pelo placar de 2 a 1 em sua estreia. Mas, ao olhar para a partida, o Timão segue como favorito para o confronto.

O Al Ahly (time que mais vezes participou do Mundial desde quando passou a ser organizado pela FIFA) apresentou um jogo firme, com duas linhas de quatro e marcação pressão (pelo menos no começo do jogo, depois a equipe mostrou certo cansaço). A saída de bola é mais forte do lado direito.

Sabendo disso, Tite trabalhou o Corinthians saindo da marcação pressão e em contra ataques rápidos, povoando o ataque com Douglas, Danilo, Paulinho e um lateral (o mais acionado provavelmente será Fábio Santos, contando com o espaço deixado no lado direito da defesa do Al Ahly por conta da saída de bola).

A equipe do Al Ahly é boa e o treinador corintiano disso que, ao contrário do que fez o Sanfrecce, o Timão tem aproveitar as oportunidades criadas. Tite também ressaltou que depois do episódio em que o Inter foi eliminado pelo Mazembe, a pressão sobre os clubes brasileiros aumentaram.

O Corinthians segue favorito para a estreia, mas sabe que não existe jogo ganho. A partida será dia 12 (quarta-feira) às 8h30min (horário de Brasília) no Toyota Stadium.

Provável time de estreia no Mundial nunca fez uma partida inteira

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

O time que estreará no Mundial de Clubes no Japão será, provavelmente, o mesmo que começou a última rodada do Brasileirão. Na ocasião, Guerrero se machucou e saiu com 16 minutos do primeiro tempo.

Esses 16 minutos com o atacante peruano em campo é tudo que essa equipe jogou junto. Como o centroavante está recuperado da lesão, possivelmente será o time da estreia.

No entanto, não existem motivos para grandes preocupações. Nesse caso, a história está do lado do Timão. Entenda.

Os outros times brasileiros que disputaram o Mundial no Japão passaram por situações semelhantes.

Em 2006, o Internacional (último campeão Mundial vindo da Libertadores) estreou o time campeão na final, diante do Barcelona. Na semifinal e no Brasileiro, Rubens Cardoso não era o lateral titular.

Em 1992, o São Paulo campeão disputou apenas cinco jogos com a formação que foi campeã sobre o Barcelona. Antes de entrar em campo contra a equipe catalã, apenas dois jogos haviam sido disputados com aquela escalação (na época, o Mundial de Clubes chamava-se “Interclubes” e contava com um único jogo entre o campeão da Libertadores e o da Copa dos Campeões). Em 2005, Aloísio estreou pelo São Paulo na semifinal do Mundial.

Mesmo o Flamengo de 1981 disputou apenas quatro jogos com a escalação que venceu o Liverpool naquele ano. Dos quatro, o jogo contra o time inglês foi o terceiro.

O próprio Corinthians, no Mundial de 2000, estreou a equipe que empataria a final contra o Vasco em 0 a 0 naquela ocasião. O time, para lembrarmos, era Dida; Índio, Fábio Luciano, Adílson Batista e Kleber; Rincón, Vampeta, Marcelinho e Ricardinho; Edilson e Luizão. Esse mesmo time voltaria várias vezes a campo com a camisa corintiana.

Esse histórico só vem a confirmar aquilo que o Corinthians prega desde que Tite assumiu: o poder de um time está no elenco e nos treinos diários. A mudança de algumas peças interfere na tática do time, mas não necessariamente na qualidade. E ter opções é fundamental para mudar a equipe rapidamente.

A antiga questão do bi mundial

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

O Corinthians já partiu para o Japão em busca do título do Mundial de Clubes FIFA 2012. Mas o assunto hoje é outro. É antigo, batido, até chato, mas precisa ser falado: o time luta pelo título inédito ou pelo bi campeonato?

Obviamente que as torcidas adversárias tratam o Mundial de 2000 como “inválido” e o corintianos o tratam como fundamental. O fato é que, a despeito das brincadeiras e piadas (que sempre existiram e existirão, pelo bem da rivalidade no futebol), o Corinthians é oficialmente campeão mundial de clubes.

Argumentos contrários a esse fato funcionam como brincadeiras, mas não como provas.

São paulinos tendem a recorrer da frase dita por Rogério Ceni para “justificar” a invalidez do título: “para conquistar o mundo é preciso cruzá-lo”.

Nesse ponto, os títulos de Copa do Mundo do Uruguai não devem ser levados em conta, pois 30 foi disputada em casa e 50 no país vizinho? O mesmo vale para o título da Itália em 34, Inglaterra em 66, Alemanha em 74 e França em 98? Ou para todas as Copas disputadas na Europa, já que, exceto o Brasil em 58, nenhum país americano ganhou uma copa naquele continente? Claro que não.

A frase do goleiro e ídolo tricolor serve muito bem para motivar e orgulhar seus torcedores. Como argumento sério, é pífio.

Outros vão defender: como ser campeão do mundo sem vencer a Libertadores, uma espécie de “eliminatória” para o torneio?

Voltemos à Copa do Mundo de Seleções: em 1930 não houve NENHUM processo eliminatório ou classificatório. O título do Uruguai tem o mesmíssimo valor do título da Espanha em 2010 porque simplesmente não existia um regulamento que previa processo classificatório para a primeira Copa.

Se algum torcedor não concorda com o regulamento, reclame pra FIFA, organizadora do torneio. De uma forma ou outra, isso não retira o título conquistado em 2000 pelo Corinthians.

Outros vão dizer que o torneio não pode ser considerado porque o patrocinador faliu e não deu continuidade àquele formato. Seria o mesmo que dizer que, caso a Toyota decrete falência, os outros títulos, posteriormente reconhecidos como oficiais, deixariam de existir. Ou se o Banco Santander fechar, as conquistas das Libertadores não contariam mais. Completamente sem sentido.

Os mais inocentes e desesperados ainda afirmam que o Mundial de 2000 foi um torneio político, sem grandes intenções da FIFA. Inocentes e desesperados, porque absolutamente todas as manobras da FIFA (sem nenhuma exceção) são de motivação política, afinal a entidade é, acima de tudo, uma organização política.

Portanto, o Corinthians luta pelo bi, sim senhor! Foi campeão do primeiro mundial oficial (antes da entidade maior do futebol reconhecer os títulos anteriores, disputados pelo campeão da Libertadores da América contra o campeão da Copa dos Campeões da Europa). Pode ser campeão do próximo.

Na Libertadores era outra história, o Timão disputava com o Boca um título inédito. Hoje luta pelo bi mundial. Não precisa de angústia, mas de garra e luta. Esse é o discurso corintiano que ajuda a diminuir a pressão sobre os jogadores e torcida.

De qualquer forma, será o Mundial de Clubes com maior audiência da TV e do rádio esportivo brasileiro. Quanto a isso não há dúvidas nem discussões.

Derrota para reservas do São Paulo faz Tite pensar no time

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Que o time do Corinthians jogou no último fim de semana com menos ímpeto que o normal é fato. Também atuou sem o pé no acelerador, evitando possíveis lesões. Mas isso não apaga uma derrota inconveniente para o time reserva do São Paulo.

Tite ressaltou inúmeras vezes a importância de terminar o Brasileirão em alta. E o Corinthians melhorou mesmo nas últimas rodadas, entretanto não recuperou o belo jogo da conquista da Libertadores.

Olhando para o time de domingo, o treinador deve ter ficado com algumas dúvidas ainda não resolvidas. Entrando com a equipe titular, exceto pela ausência de Paulo André na zaga, o futebol apresentado foi apático.

Wallace, que jogou no lugar do zagueiro titular, comprometeu individualmente (coletivamente, nada altera com essa substituição). Mas o que deve ser observado é o setor ofensivo.

A linha de três formada por Douglas, Danilo e Emerson aproximando-se de Guerrero, fixo no comando do ataque, ficou lenta e burocrática. Danilo ficou taticamente sacrificado e fez uma partida apagada e o peruano, autor do gol do Timão, saiu com desconforto no joelho.

Caso Paolo Guerrero não esteja em perfeitas condições físicas, existe a possibilidade de Martinez, Romarinho ou Jorge Henrique virarem titulares para o Mundial. Assim o Corinthians voltaria a jogar sem um centroavante fixo (esquema que deu certo na Libertadores da América). Uma mudança no meio campo e na armação está praticamente fora de cogitação.

Tite não tem mais jogos antes da estreia no Japão e vai observar com cautela essas mudanças nos treinos. O técnico é bom nisso e já tomou várias decisões acertadas e corajosas. Teve peito para substituir Chicão por Paulo André na conquista do Campeonato Brasileiro de 2011 e Júlio César por Cássio antes da fase de mata-mata do campeonato continental de 2012.

Vai ser preciso essa mesma astúcia antes do início do Mundial de Clubes FIFA. Competência e coragem, Tite tem. Mas o tempo é curto e isso já deveria estar resolvido.

Marin não irá para o Japão com a delegação do Corinthians

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

O presidente da CBF, José Maria Marin, comunicou na manhã dessa sexta-feira (dia 30) que não irá ao Japão com o Corinthians. Anunciado anteriormente como chefe da delegação corintiana, o presidente disse em comunicado que estará no Mundial como convocado da FIFA e desejou sorte ao Timão.

Mário Gobbi, presidente do Corinthians, disse que ninguém irá ocupar o cargo de Chefe da Delegação. O primeiro nome cogitado foi de Luís Inácio Lula da Silva, que negou por motivos de saúde.

Tudo leva a crer que a recusa do Marin foi motivada pela presença de Andrés Sanches que se desligou da CBF na mesma semana e afirmou que estará no Japão, mas não com essa função no Corinthians.

De qualquer forma, não deixa de ser uma boa notícia para o clube a ausência do presidente da CBF, que pouco ou nada representa de significativo para a história do Corinthians. A notícia não altera em nada o trabalho de Tite e dos jogadores do elenco, que seguem firmes e confiantes para a disputa.

A lista dos 23 jogadores do Mundial, com uma pendência

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Mesmo com uma vaga pendente, Corinthians divulgou na última terça-feira a lista dos 23 jogadores para a luta pelo bi no Mundial de Clubes FIFA.

A lista não conta com grandes surpresas. O zagueiro Felipe talvez seja a peça mais curiosa do elenco. Mesmo com apenas quatro jogos pelo Corinthians, ele ganhou espaço por conta de uma deficiência em outro setor do time: um substituto imediato para Ralf.

Até agosto, o jovem zagueiro de 23 era a última opção no setor e poderia ser negociado no fim do ano. Após a contratação de Anderson Polga, o garoto perderia praticamente qualquer chance de jogar pelo Timão. Mas quando precisou entrar no lugar de Wallace contra o Bahia, Tite gostou do que viu e pediu para deixa-lo mais tempo no elenco. E como a ausência de um reserva para Ralf influencia?

Anderson Polga, zagueiro de origem, foi testado e aprovado como substituto na posição de volante – inclusive o Timão enfrentou o Santos no último sábado com essa alternativa -, deixando um lugar a mais na zaga. Depois da boa atuação contra o Bahia, Felipe, antes sem espaço algum, foi chamado pelo técnico para compor a zaga reserva. Polga ainda é zagueiro e está listado em sua posição original, mas possibilidades se abriram.

A decepção ficou por conta do corte de Guilherme. Preferido por Tite para ser reserva no meio campo, ele logo foi escolhido, mas a FIFA não aceitou a sua inscrição. Segundo a entidade maior do futebol mundial, sua contratação junto a Portuguesa foi efetuada no dia 15 de agosto, depois do fechamento da janela internacional de transferências. Como o calendário do futebol brasileiro não coincide com o do mundo todo, a FIFA desconsiderou essa contratação para torneios internacionais.

O Corinthians argumentou que a contratação do volante foi interna no futebol nacional, obedecendo ao calendário brasileiro. A FIFA ainda não aceitou e a vaga ficará com Willian Arão.

Giovanni é outro jogador que estava dado com ausente, mas consta na lista final. Convocado para a Seleção Brasileira sub20 para o Sul-Americano em janeiro, o meia de 18 anos pediu para permanecer com o elenco do Timão em dezembro. Com isso, o peruano Ramirez, que deve ser negociado em 2013, ficou de fora da lista. Também pesou contra ele uma recente lesão na coxa esquerda.

O Todo Poderoso embarca para o oriente no dia 4 de dezembro, com conexão de 24h em Dubai.

Confira a seguir a lista de jogadores. Os prováveis titulares estão destacados com um asterisco.

Goleiros: Cássio*, Júlio César e Danilo Fernandes;

Laterais: Alessandro*, Fábio Santos* e Guilherme Andrade;

Zagueiros: Chicão*, Paulo André*, Anderson Polga, Wallace e Felipe;

Volantes: Ralf*, Paulinho*, Willian Arão e Edenilson;

Meias: Danilo*, Douglas* e Giovanni;

Atacantes: Emerson*, Guerrero*, Martínez, Jorge Henrique e Romarinho.