O time que estreará no Mundial de Clubes no Japão será, provavelmente, o mesmo que começou a última rodada do Brasileirão. Na ocasião, Guerrero se machucou e saiu com 16 minutos do primeiro tempo.
Esses 16 minutos com o atacante peruano em campo é tudo que essa equipe jogou junto. Como o centroavante está recuperado da lesão, possivelmente será o time da estreia.
No entanto, não existem motivos para grandes preocupações. Nesse caso, a história está do lado do Timão. Entenda.
Os outros times brasileiros que disputaram o Mundial no Japão passaram por situações semelhantes.
Em 2006, o Internacional (último campeão Mundial vindo da Libertadores) estreou o time campeão na final, diante do Barcelona. Na semifinal e no Brasileiro, Rubens Cardoso não era o lateral titular.
Em 1992, o São Paulo campeão disputou apenas cinco jogos com a formação que foi campeã sobre o Barcelona. Antes de entrar em campo contra a equipe catalã, apenas dois jogos haviam sido disputados com aquela escalação (na época, o Mundial de Clubes chamava-se “Interclubes” e contava com um único jogo entre o campeão da Libertadores e o da Copa dos Campeões). Em 2005, Aloísio estreou pelo São Paulo na semifinal do Mundial.
Mesmo o Flamengo de 1981 disputou apenas quatro jogos com a escalação que venceu o Liverpool naquele ano. Dos quatro, o jogo contra o time inglês foi o terceiro.
O próprio Corinthians, no Mundial de 2000, estreou a equipe que empataria a final contra o Vasco em 0 a 0 naquela ocasião. O time, para lembrarmos, era Dida; Índio, Fábio Luciano, Adílson Batista e Kleber; Rincón, Vampeta, Marcelinho e Ricardinho; Edilson e Luizão. Esse mesmo time voltaria várias vezes a campo com a camisa corintiana.
Esse histórico só vem a confirmar aquilo que o Corinthians prega desde que Tite assumiu: o poder de um time está no elenco e nos treinos diários. A mudança de algumas peças interfere na tática do time, mas não necessariamente na qualidade. E ter opções é fundamental para mudar a equipe rapidamente.