Não há outra definição para o que foi o jogo de domingo diante da Portuguesa. O Corinthians sofreu um verdadeiro atropelamento e levou pra casa 4 a 0, a maior goleada que desse grupo.
O jogo foi uma sucessão de erros. Mesmo os jogadores que costumavam jogar bem em momentos de crise (como Ralf e Gil) não conseguiram apresentar um futebol aceitável. Mudanças precisam ocorrer.
Muito difícil saber o que se passa entre os jogadores. Sem ignorar as inúmeras conquistas do grupo, a queda de produção é assustadora. Até mesmo Guerrero perdeu um pênalti quando o jogo ainda estava 2 a 0.
Demitir Tite seria uma burrice maior que contratar Ibson e Pato. A diretoria garantiu que manterá o treinador no comando. Cumprindo a promessa, fará certo: o problema é o desempenho dos atletas e não o esquema tático do time.
Jogadores decisivos de outrora, como Emerson, Danilo e Guerrero, não apresentam futebol convincente. Guilherme, que fazia bem a função de substituir Paulinho, segue lesionado. Renato Augusto também. As opções vão se acabando.
No jogo diante da Lusa, Tite decidiu jogar o segundo tempo com apenas Gil de zagueiro para tentar algo mais ofensivo. Gil foi (erroneamente) expulso e a coisa complicou ainda mais. Para o próximo jogo, o time não contará nem com Gil e nem com Paulo André, ambos suspensos.
Para piorar, a quase sempre imbecil torcida organizada preparou um protesto pra lá de ineficiente: pressionar os jogadores, cercar o ônubus do time e pixar o Parque São Jorge. Sheik é o principal alvos e sabemos que o motivo não é o mau futebol, mas a homofobia da maioria dos babacas dessas facções.
A mesma torcida que já não ajudou em nada ao brigar com outra, do Vasco, em outra rodada e fazer o time perder mandos de campo dessa vez arremessou um garrafa contra o bandeirinha ao marcar, corretamente, um impedimento que resultou no gol do Corinthians. A covardia foi lançada na súmula e o time será, mais uma vez, prejudicado.
Dureza vai ser esperar por tempos melhores, até que o maior jejum de vitórias e gols da “era Tite” passe.