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Equipe de marketing do Corinthians tenta localizar “escocês verde” e amenizar a cena patética ocorrida no Pacaembu.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

No último domingo, dia 30, no jogo contra o Sport, um turista escocês foi “convidado a se retirar” da área VIP do Pacaembu por conta da camiseta que vestia. O visitante estava com a camiseta do Celtic, da Escócia. Acontece que o clube tem seu uniforme em verde e branco e recebia xingamentos de outros torcedores.

Após essa atitude ridícula dos torcedores do setor, a equipe de marketing do Timão está tentando localizar o turista para levá-lo para conhecer o clube e presenteá-lo com um uniforme do Corinthians. Nada mais é do que uma tentativa de diminuir o constrangimento que o europeu teve que passar e deixar uma imagem menos pior do que é um estádio no Brasil.

Essa intolerância, que em nada agrega ao futebol e aos estádios, foi causada no setor mais caro do estádio. Vale ressaltar isso porque vemos, em inúmeros meios de informação, a violência (verbal ou física) associada à classe mais pobre da torcida. Este caso mostra, outra vez, que essa visão não só é falaciosa como também preconceituosa, pois naquele setor do Pacaembu os ingressos custam cerca de R$250.

O mesmo fim de semana presenciou uma das cenas mais patéticas do ano no futebol. No jogo entre São Paulo e Coritiba, torcedores paranaenses obrigaram uma garota de 13 anos a devolver o uniforme de jogo com o qual o meia Lucas, do São Paulo, a havia presenteado.

Esperamos que o clube possa, de fato, chamar o escocês para conhecer o CT e os jogadores. É o mínimo a se fazer. Mas esperamos, mais ainda, que os torcedores preocupem-se mais em torcer pelo time do que em hostilizar o próximo e façam dos estádios um lugar melhor de se frequentar. Por enquanto, isso parece um sonho distante.

O mico anunciado veio da China

terça-feira, 2 de outubro de 2012

No início do ano, o Corinthians contratou o chinês Chen Zhihzao com a promessa de levar o nome do time para o mercado asiático. Dez meses depois, só uma coisa ficou clara: essa manobra foi um mico de marketing no futebol brasileiro.

Alguns motivos explicam o fracasso.

Na época, a equipe de marketing do Corinthians fez uma comparação entre Zhizhao (“rebatizado” de Zizao e Zizão pela torcida) com a estrela da NBA, Yao Ming. Comparação descabida, pois Yao já era um ídolo em seu país quando desembarcou nos EUA para defender o Houston Rockets.

O gigantesco pivô também era um jogador muito acima da média, sendo disputado por várias equipes do basquete americano. Foi a primeira escolha do draft (sistema americano de contratação) em 2002 e participou de oito dos Jogos das Estrelas entre 2003 e 2011.

Zhizhao nunca foi um ídolo na China, nem agora e muito menos quando foi contratado. Além disso, não podemos dizer que ele é um jogador acima da média, tanto que no ano passado o atacante não jogou nem uma partida sequer no futebol de campo, atuando apenas no futsal chinês.

Mas alguns torcedores podem afirmar que isso ocorre porque ele não teve chance de entrar no time de Tite. Ótimo, mais um acerto do técnico.

Entendo que Zizao tenha carisma e muitos têm uma curiosidade de vê-lo em campo, mas o futebol corintiano, sobretudo em ano de vitória da Libertadores e disputa do Mundial, é pra ser levado a sério.

Um trabalho tão bom e vitorioso como o de Tite não poderia ser manchado com a escalação de um jogador que não atua no futebol profissional. Sem mencionar que, caso fosse um jogador incrível, com certeza já teria recebido uma oportunidade. Ele treina no campo, mas não é jogador.

Por outro lado, existem aqueles que dizem que ele não foi contratado para jogar, apenas para vender camisas na China.

Como se já não fosse ridículo o bastante contratar “um jogador para não jogar”, não temos os dados de quanto o Corinthians cresceu no mercado chinês. Não deve ser muito mais que 0,5% por causa daquilo que já foi discutido: a falta de apelo de Zhizhao.

É ignorância acreditar que chineses vão comprar milhares de produtos licenciados de um time só porque existe um jogador do país no elenco. Um jogador, repito, desconhecido e que não entra em campo.

Portanto, o furo n’água já estava anunciado no começo de 2012. O tempo só veio confirmar aquilo que muitos já sabiam e, de quebra, trouxe mais um ponto positivo para o espetacular trabalho de Tite, que acerta ao dar de ombros para a loucura do vice-presidente Luis Paulo Rosemberg, que gostaria de ver Zizao em campo para justificar a péssima ideia que teve.

Marketing do bem

terça-feira, 9 de junho de 2009

09-06jogpa
Ontem o post foi sobre a confusão no Sub-18, baixaria e violêcia lá na Espanha. Hoje farei um post sobre o oposto disso: o jogo da Paz na Palestina que será disputado entre Corinthians e Flamengo.

Rosemberg já discursou: “Tão importante quanto ganhar troféus é participar de uma causa nobre como esta. Será o jogo da paz e o confronto das multidões. Vai haver uma repercussão internacional e isso é muito bom para nós. Mas não vai ser encarado como estratégia de marketing. E sim como projeto social.”

Palavras bonitas, mas sabemos que a real causa é marketing e não tem nada de errado nisso, vamos trazer visibilidade e dinheiro para o Timão em luta pela paz. Bom ver o nosso time se promover junto com valores corretos.

Ainda mais depois de estar envolvido em tanta confusão nestes últimos dias. Somos um bando de loucos mas que sabem pensar, não queremos ser um time de torcedores que estão envolvidos em brigas ou de jogadores que não sabem perder.

Aqui é Corinthians! Vai Timão!