Posts com a Tag ‘pós-jogo’

Corinthians faz bom segundo tempo e passa fácil pelo União Barbarense

segunda-feira, 18 de março de 2013

Jogando com o time quase completamente reserva (apenas Gil, Ralf e Fábio Santos), o Corinthians não teve grandes problemas para vencer o União Barbarense. Após um primeiro tempo morno, o time deslanchou e marcou 3 a 0 na etapa final.

Mesmo sem marcar gol, Emerson fez uma boa partida, recebeu muitas faltas e deu passe para dois gols. O primeiro de Douglas, que afirmou ainda não ter a sequencia que desejava, e o segundo de Jorge Henrique.

Renato Augusto entrou no segundo tempo e aos 45 minutos fez seu primeiro gol com a camisa do Timão. E foi um golaço. Ele aproveitou o rebote da zaga adversária para mandar a bola para o gol com uma bela cavadinha.

O Corinthians voltou a perder pênalti. Dessa vez foi Chicão, o batedor oficial de 2013, quem perdeu. O goleiro fez a defesa.

O Corinthians volta a campo na quarta-feira, quando enfrenta o XV de Piracicaba em Piracicaba (22h, horário de Brasília).

NOTAS:

- Paulinho foi cortado da Seleção Brasileira para os amistosos diante de Rússia e Itália por conta de uma lesão na coxa. A lesão, no entanto, não preocupa, pois o jogador estará de volta em 10 dias, segundo o departamento médico do time, e o Corinthians só volta a campo na Libertadores dia 3 de abril.

- Mesmo sem fazer gol há cinco jogos, Emerson teve uma atuação muito boa no fim de semana e, junto com Fábio Santos, foi o principal jogador do time.

- Alexandre Pato e Cássio continuarão afastados na próxima rodada do Paulistão para trabalharem a musculatura. Pato sentiu um desconforto na partida diante do Tijuana e Cássio voltou recentemente de uma lesão no ombro.

Corinthians e Santos fazem jogo fraco, mas é possível destacar pontos positivos

segunda-feira, 4 de março de 2013

O clima comemorativo do clássico que completava 100 anos fez com que os torcedores acompanhassem um jogo com cara de amistoso. Jogo fraco. Mas alguns bons pontos podem ser destacados.

Tite elogiou, coberto de razão, o sistema defensivo corintiano. A grande arma do Timão em 2012, a defesa apresentava fragilidade em 2013, mas na última partida o torcedor pôde ter a mesma segurança do ano passado.

O principal nome do jogo foi o zagueiro Gil. Ele venceu todas as disputas de bola com Neymar, que terminou o jogo com uma péssima atuação. O meio campo do Santos não conseguiu criar nada e o argentino Montillo ficou completamente apagado. Ralf também merece destaque na marcação e na cobertura.

Outro nome que chamou atenção de Tite e de quem acompanhou o jogo foi do meio campista Renato Augusto. Atuando outra vez de titular, foi o jogador mais agudo do Corinthians no ataque e na criação. Infelizmente desperdiçou a melhor chance de desempatar o jogo quando recebeu um belo lançamento de Ralf e tentou encobrir o goleiro Rafael.

No mais, não houve grandes destaques. O jogo foi desacelerado e tornou-se arrastado na segunda etapa. O centenário desse grande clássico merecia uma partida melhor.

NOTAS

- O atacante Emerson Sheik não viajou com o time para o México, onde o Corinthians enfrenta o Tijuana na próxima quarta-feira pela terceira rodada da Libertadores da América. O time nega que a ausência do atacante tenha alguma relação com o processo em andamento no Ministério Público envolvendo Emerson, mas sim por causa de uma dor no joelho.

- Com boas atuações na equipe titular, é muito difícil que Renato Augusto e Alexandre Pato saiam do time. A ausência de Jorge Henrique, ainda com dores na coxa, não deixa dúvidas disso. Tite rasgou elogios para a vontade de Renato Augusto e é inegável que os dois reforços vem fazendo um bom trabalho.

- O Corinthians ultrapassou o Barcelona no Ranking de Clubes da FIFA e agora ocupa o 4º lugar. O primeiro é do Chelsea. Será que temos que vencê-los de novo para mostrar pra FIFA quem é o melhor?

Corinthians vence tranquilamente em estádio (quase) vazio

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Num silencioso Pacaembu, o Corinthians ganhou com tranquilidade do Millonarios da Colômbia. O placar de 2 a 0 não representa a facilidade com que o Timão ganhou, mesmo jogando em ritmo desacelerado.

O primeiro gol foi marcado por Paolo Guerrero e o segundo por Alexandre Pato. Os dois formaram o ataque titular do Corinthians, já que Jorge Henrique ainda sente dores na coxa e Emerson Sheik vem de más atuações e inúmeros (e já tradicionais) “rolos” fora de campo.

Sheik ainda entrou em campo, mas apenas para apresentar um futebol abaixo do esperado de um jogador do nível dele.

O Pacaembu estava quase vazio.

Quase. Porque quatro idiotas fizeram o uso de uma liminar conseguida na justiça comum brasileira para se enfiarem no estádio. O juiz concedeu a permissão a seis torcedores, mas dois deles foram mais sensatos e educados e atenderam aos pedidos do clube de ficarem em casa.

Os quatro cidadãos que entraram no estádio alegaram que é direito deles enquanto consumidor assistir o jogo, já que compraram os ingressos antes da penalização dada pela Conmebol. Eles apenas estavam fazendo valer seu direito. Que lindo, não?

Mas vamos só lembrar o porquê do estádio estar vazio? Caso os quatro babacas não se recordem, um menino boliviano de 14 anos foi assassinado na quarta-feira passada quando o Timão estreou na competição diante do San José em Oruro, Bolívia. Por isso o clube e a torcida foram punidos a jogar com portões fechados.

“Mas eles não tem nada a ver com essa morte”. Verdade e mentira. Verdade, porque não estavam na Bolívia e nem carregavam o dispositivo que acarretou no crime. Mentira, porque ali no campo eles estavam representando uma torcida e um clube, algo muito maior que seus umbigos (será que esse tipo de cidadão sabe que existe algo maior que seus umbigos?).

Pela lei vigente, eles estão certos. O direito ao consumidor deve ser respeitado (a Justiça não tem nada formalizado sobre “cidadania”, “empatia”, “bom senso”, “luto”, “respeito à memória” ou “direito à vida”). Para isso, precisamos da noção de cada um sobre a sociedade a seu redor. É aí que o bicho pega, pois a Justiça não prevê e nem liga pra isso.

Eles fizeram valer seu direito, portanto. Mas, nas palavras do jornalista Mauro Cezar (ESPN) “fico imaginando se o quarteto que obteve seus 15 minutos de fama é tão aguerrido na luta pelos seus direitos no dia a dia. Ou se eles se preocupam com os direitos do próximo. (…) Sim, pode ser que eu esteja esperando demais de gente que foi incapaz de oferecer algo minimamente nobre, digno, grandioso. Uma pena”.

O estádio deveria estar completamente vazio. E não vamos nos esquecer do motivo.

Ou o Direito do Consumidor é sobreano ao direito do sujeito? Para a justiça comum, é. Mas, e para nós?