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Corinthians vence tranquilamente em estádio (quase) vazio

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Num silencioso Pacaembu, o Corinthians ganhou com tranquilidade do Millonarios da Colômbia. O placar de 2 a 0 não representa a facilidade com que o Timão ganhou, mesmo jogando em ritmo desacelerado.

O primeiro gol foi marcado por Paolo Guerrero e o segundo por Alexandre Pato. Os dois formaram o ataque titular do Corinthians, já que Jorge Henrique ainda sente dores na coxa e Emerson Sheik vem de más atuações e inúmeros (e já tradicionais) “rolos” fora de campo.

Sheik ainda entrou em campo, mas apenas para apresentar um futebol abaixo do esperado de um jogador do nível dele.

O Pacaembu estava quase vazio.

Quase. Porque quatro idiotas fizeram o uso de uma liminar conseguida na justiça comum brasileira para se enfiarem no estádio. O juiz concedeu a permissão a seis torcedores, mas dois deles foram mais sensatos e educados e atenderam aos pedidos do clube de ficarem em casa.

Os quatro cidadãos que entraram no estádio alegaram que é direito deles enquanto consumidor assistir o jogo, já que compraram os ingressos antes da penalização dada pela Conmebol. Eles apenas estavam fazendo valer seu direito. Que lindo, não?

Mas vamos só lembrar o porquê do estádio estar vazio? Caso os quatro babacas não se recordem, um menino boliviano de 14 anos foi assassinado na quarta-feira passada quando o Timão estreou na competição diante do San José em Oruro, Bolívia. Por isso o clube e a torcida foram punidos a jogar com portões fechados.

“Mas eles não tem nada a ver com essa morte”. Verdade e mentira. Verdade, porque não estavam na Bolívia e nem carregavam o dispositivo que acarretou no crime. Mentira, porque ali no campo eles estavam representando uma torcida e um clube, algo muito maior que seus umbigos (será que esse tipo de cidadão sabe que existe algo maior que seus umbigos?).

Pela lei vigente, eles estão certos. O direito ao consumidor deve ser respeitado (a Justiça não tem nada formalizado sobre “cidadania”, “empatia”, “bom senso”, “luto”, “respeito à memória” ou “direito à vida”). Para isso, precisamos da noção de cada um sobre a sociedade a seu redor. É aí que o bicho pega, pois a Justiça não prevê e nem liga pra isso.

Eles fizeram valer seu direito, portanto. Mas, nas palavras do jornalista Mauro Cezar (ESPN) “fico imaginando se o quarteto que obteve seus 15 minutos de fama é tão aguerrido na luta pelos seus direitos no dia a dia. Ou se eles se preocupam com os direitos do próximo. (…) Sim, pode ser que eu esteja esperando demais de gente que foi incapaz de oferecer algo minimamente nobre, digno, grandioso. Uma pena”.

O estádio deveria estar completamente vazio. E não vamos nos esquecer do motivo.

Ou o Direito do Consumidor é sobreano ao direito do sujeito? Para a justiça comum, é. Mas, e para nós?

Conmebol não aceita recurso e Corinthians jogará de portões fechados na quarta-feira

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

O Corinthians entrara com recurso para suspender a pena preventiva que obrigava o time a jogar com portões fechados até que a pena definitiva fosse dada. Na manhã de hoje (dia 26) a Conmebol recusou o pedido e o Timão jogará mesmo sem a presença de sua torcida amanhã, no Pacaembu.

Houve movimentações em redes sociais, convocando os torcedores a irem para os arredores do estádio na hora do jogo, mas a diretoria pediu para não fazer isso, sob o risco de prejudicarem mais o time. Também prometeram que os torcedores que já adquiriam os ingressos serão ressarcidos.

A questão, porém, tem que ser vista de forma mais delicada.

Além do(s) culpado(s) pelo crime em si, o Corinthians deve ser punido (e a torcida principalmente até porque se o menor realmente for o autor do disparo, os responsáveis por trazê-lo de volta ao Brasil são cúmplices – já que menor de idade não pode entrar ou sair do país sem alguém responsabilizado), mas apenas o Corinthians?

Quem organiza a Libertadores?

A resposta é: ninguém, pois o torneio está completamente desorganizado. Ontem já citei aqui sobre a omissão histórica da Conmebol diante dos problemas (não novos) na Libertadores.

Ao punir apenas o Corinthians e ignorar os próprios problemas, a Conmebol estará passando atestado de incompetência e ignorância, carimbado e assinado. “Mas na Bolívia pode entrar com sinalizador de navios” (não sei se isso é verdade, mas já se houve esse argumento). Acontece que o torneio está sob tutela da Conmebol e ela tem o poder de proibir e o dever de fiscalizar.

O jornalista Paulo Vinícius Coelho (ESPN) foi enfático ao dizer que há dez anos, no mínimo, a Libertadores é uma várzea. “A Copa Kaiser disputada em São Paulo é mais organizada”. E ele está coberto de razão.

A punição exclusiva ao clube (pensando no caso do futebol, o julgamento do atirador não depende apenas do esporte, é crime de homicídio, seja num estádio, num prédio, numa praça) é uma medida imediatista que não visa solucionar o problema, a bagunça e o silêncio da demagoga Conmebol.

Assim como já afirmei que a pena deve ser cautelosa e consciente, a punição do Corinthians é justa, mas deve ser acompanha pela punição de outras instituições. Apenas fechar os portões e deixar pra lá fará com que casos semelhantes (já ocorridos antes) se repitam futuramente (e em breve).

O desenrolar enrolado

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

O assunto ainda é o mesmo: a tragédia na Bolívia. O Corinthians entrou com recurso junto à Conmebol, que ainda não se pronunciou sobre voltar a trás ou manter a pena do time em jogar com portões fechados na primeira fase da Libertadores. Até segunda ordem, a pena continua e o Corinthians já se prepara para jogar no Pacaembu silencioso nesta quarta-feira.

No entanto, o grande impacto acorreu quando um adolescente de 17 anos, filiado à uma torcida uniformizada, apareceu no Fantástico (Rede Globo) assumindo a culpa pelo crime. Obviamente que este jovem não pode ser considerado culpado ainda, apenas passou a ser suspeito (não houve julgamento).

De uma forma muito “estranha”, o advogado do jovem vai tentar provar que ele é culpado (normalmente o advogado participa da defesa e não da acusação). Segundo o advogado, ele tem provas que o sinalizador foi disparado pelo adolescente e que todos os sinalizadores pertenciam ao menor (que comprou cerca de 10 para uso pessoal).

Como ingressos para jogos são vendidos na sede das torcidas uniformizadas (com permissão dos clubes, da Federação Paulista e do Ministério Público), é simples arrumar dinheiro para comprar sinalizadores de navio. Já que supostamente o menor “trabalha” em uma torcida, ele tinha dinheiro pra isso.

Caso isso seja provado e esse menino seja realmente o culpado, ele não pode ser extraditado por ser menor de 18 anos. Ficaria retido na Fundação CASA para receber medidas socioeducativas. Alguns acham que ele é o “laranja” da história e sua confissão foi orquestrada.

De qualquer forma, achando-se o culpado, o que muda?

Já comentei sobre as organizadas no primeiro post a respeito desse caso. São torcedores que se consideram melhores ou “mais torcedores” que os “comuns”. Prender um, dois ou doze sujeitos e permitir o financiamento dessas facções é brincar de resolver o problema. É tampar o sol com a peneira.

A pena ao clube provavelmente será mantida. Com riscos de ser aumentada. Se isto é justo, forte ou brando, é assunto pra outro post (até porque, não caberia mais aqui). Mas é de se considerar também a omissão (de longa data) da Conmebol, presidida desde 1986 pelo mesmo cidadão: Nicolás Leoz (será que ainda não teve tempo de pensar sobre a violência nos estádios sul-americanos?).

Ah! Teve jogo no fim de semana também. O time empatou com o Bragantino por 2 a 2 com destaque para atuação de Alexandre Pato (melhor em campo). Mas o empate é o quinto consecutivo do time e gera desconforto ao elenco e à torcida. Se bem que, com todo esse desenrolar mais enrolado da história, entendo que fica difícil manter o foco.

O Timão volta a campo quarta-feira, quando enfrenta o Milionarios, no Pacaembu, em jogo válido pela fase de grupos da Libertadores da América.

Depois da queda, o coice

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

O assunto no mundo do futebol brasileiro é a fatalidade no jogo do Corinthians de quarta-feira, quando um adolescente boliviano foi atingido por um sinalizador atirado do meio da torcida corintiana. Os suspeitos estão detidos na Bolívia e, ao que tudo indica, serão condenados.

A grande questão agora é a punição ao Corinthians. A Conmebol decidiu que o Timão disputará os jogos da primeira fase com portões fechados e não ter direito a nenhum ingresso em jogos fora de casa, podendo estender a pena para todos os jogos da Libertadores.

Como todo imbróglio legal, a medida provisória é válida até que a morte do jovem seja esclarecida. A Conmebol deu um prazo de três dias para o clube apresentar sua defesa. O Corinthians enviou a defesa hoje mesmo.

A defesa, inteligentemente, apoia-se na irreversibilidade da decisão. Como é de caráter preventivo, caso o clube seja absolvido posteriormente, os advogados do Timão defendem que não será possível ser ressarcido esportiva e financeiramente. Por isso ainda não houve manifestação oficial do time em relação aos ingressos do jogo de quarta-feira.

“O Corinthians discorda da punição principalmente por ser de caráter preventivo. Não existem elementos jurídicos para fundamentar uma pena preventiva”, afirmou o advogado do Corinthians, Luiz Felipe Santoro. Juridicamente, ele tem razão. A decisão preventiva penalizante foi tomada às pressas.

Como já apresentado no texto de ontem, impunidade é a última coisa que pretendo ver. Mas, no mesmo texto, defendo que a pena deve ser consciente e cautelosa.

Nas redes sociais continuam pipocando momentos imbecis de constrangimento e vergonha alheia por parte de torcedores que insistem num discurso clubista raso, preconceituoso e oportunista. Infelizmente, vi isso também na mídia, por parte de alguns comentaristas de qualidade extremamente duvidosa (tanto para defender o Corinthians quanto para condená-lo).

“Pseudoclube com uma pseudotorcida. Time de bandidos, raça ruim, tem os piores torcedores do Brasil” comenta um “gênio” preconceituoso (já com minhas correções ortográficas para tornar o texto compreensível) em alguma página esportiva. “Mas quem garante que eram torcedores do Corinthians”, responde um comentarista desinformado. E poucos estão preocupados com a cobertura do caso ou com as questões legais envolvidas.

É, bem que Hanna Arendt dizia: “um ser racional não necessariamente é um ser pensante”.

Torcida: Flamengo x Corinthians

terça-feira, 7 de julho de 2009

torcida
E não é que Ronaldo de fato vestiu a camisa do Timão?? Não sei quantos de você conseguiram acompanhar a declaração do Fenômeno que em entrevista disse não ter dúvidas que a torcida do Corinthians era maior que a do Flamengo.

Foi divulgada em 2008 uma pesquisa do Datafolha em que mostrava os dois clubes como sendo os mais populares em todo o Brasil, sendo que o Flamengo foi mais citado entre os brasileiros com 17% contra 13% do Timão.

Não duvido do resultado da pesquisa, mas o que ela mostra na verdade? Nada! Fato é que a pesquisa não consegue medir fanatismo e amor pelo clube. Citar o nome do Flamengo como time preferido, está longe de torcer pelo clube.

Óbvio que essa declaração do Ronaldo vai virar polêmica, hoje quando entrei no Portal da Uol achei absurdo o modo como divulgaram esta notícia, está rolando até uma pesquisa: E você, concorda com Ronaldo? Ou prefere acreditar nas pesquisas? Vote na enquete!

Pergunta que leva pra tendência na resposta! Não é questão de acreditar em pesquisas, e sim de acreditar no resultado de UMA pesquisa que levou em consideração apenas citação de nome de clube. E isso que não mede o tamanho da loucura e fanatismo pelo Timão.

Aliás votem em todas as enquetes que virem medindo força de torcida (já vi no lance e uol) do Corinthians, porque pode ter certeza que todos os bambis, porcos, caiçaras estarão lá votando. Causamos tanto ódio pelo tamanho de nossa torcida que todos se unem contra nós.

Eu sou Corinthians!!