Romarinho volta ao time para enfrentar o Vitória

1 de novembro de 2013

A má fase do Corinthians não é responsabilidade única de Tite. O treinador nem sequer tem a maior parcela de culpa, mas isentá-lo de qualquer erro também não é possível. O principal foi blindar jogadores em péssima fase, evitando expor os atletas.

Romarinho encontra-se nessa lista de jogadores defendidos pelo treinador, mesmo não mostrando futebol convincente. Inacreditavelmente, ele volta ao posto de titular na próxima rodada, jogando aberto pela esquerda.

Tudo bem que Diego Macedo é limitado e não convenceu que merece ser titular, mas Romarinho não convence há meses. Talvez Rodriguinho fosse uma alternativa viável.

Por falar em alternativa, Renato Augusto segue como titular na função de atacante, mas mais como um pivô que movimenta a bola na frente que como um centroavante propriamente dito. Lembrando que Guerrero está fora até 2014, Renato deverá seguir nessa posição até o fim do ano.

Na mesma situação está Cássio. Por isso, sem preocupações, Walter é o titular no gol corintiano.

O time ainda não conta com o retorno de Fábio Santos, que faz muita falta. Assim, Alessandro também continuará na lateral esquerda, enquanto Edenílson é o titular da direita.

O time que enfrenta o Vitória no domingo é Walter, Edenílson, Gil, Paulo André e Alessandro; Ralf, Guilherme, Romarinho, Douglas e Emerson; Renato Augusto.

Novo (e estranho) formato do Paulistão atende demanda da Rede Globo e mantém clássicos na primeira fase

31 de outubro de 2013

Por pressão do Bom Senso FC, coletivo de atletas que propõe algumas mudanças no calendário do futebol nacional, o formato do Campeonato Paulista de 2014 foi alterado. Uma das exigências era menos jogos anuais, mas ao mesmo tempo garantir mais jogos aos times pequenos.

Porém, a fórmula precisaria ser moldada para que os seis clássicos fossem mantidos na primeira fase do torneio. O motivo é que a Rede Globo, que tinha direito a 23 datas do Paulistão, só aceitaria baixar para 19 datas se fossem assegurados os jogos de maior audiência. Ou seja, os clássicos.

Como é impossível prever os clássicos na segunda fase, o jeito foi arrumar um regulamento que atendesse a demanda da poderosa emissora.

O campeonato será dividido em quatro grupos, com os maiores clubes como cabeça de chave. Porém, os times do mesmo grupo não se enfrentam, eles encaram apenas os adversários de outros grupos (??). O grupo é pra mostrar quais times que o seu NÃO enfrentará na primeira fase. Portanto, é vantagem estar no grupo mais forte. Entendeu?

Os cartolas nem contestaram muito, mas exigiram uma conversa e reformulação melhor para 2015. Acontece que um outro regulamento esbarrada na mesma situação: a Globo é dona de 23 datas até 2015 e exigirá, outra vez, os clássicos logo de início.

Improvisado, Renato Augusto mostra-se versátil e amplia possibilidades no ataque do Timão

30 de outubro de 2013

Com Danilo em péssima fase, Renato Augusto é sem a menor dúvida o melhor meia do elenco corintiano. Como se recupera de lesão, o meia não jogou apenas 60 minutos no último clássico contra o Santos. Mas o que chamou a atenção foi a função exercida.

Com Paolo Guerrero lesionado e fora até 2014 e Alexandre Pato cada vez com menos confiança do treinador (apesar de certa pressão para fazê-lo jogar, já que é a mais car contratação do futebol brasileiro), Renato Augusto foi improvisado como pivô, jogando como atacante perto da área. Por inúmeras vezes, sendo o homem mais avançado do time.

Sua entrega agradou Tite e a torcida, que o aplaudiu quando fora substituído por Danilo. Tite já deixou claro que Renato Augusto é titular absoluto do Corinthians, caso esteja em condições de jogo (suas lesões atrapalharam a chance de ter sequência, algo que já ocorria no Bayer Leverkusen).

Vale lembrar que quando o Corinthians o procurou junto ao Bayer, a ideia inicial era ter um substituto de qualidade para Paulinho, vendido meses depois. Na Alemanha, Renato fazia, e muito bem, a função de segundo volante e, de vez em quando, de armador. Suas atuações por lá lhe garantiram uma convocação para a seleção brasileira. Tite afirma que, em plenas condições, Renato Augusto deva ser convocado outras vezes.

Improvisado como atacante e sem fazer feio, ele mostrou-se um jogador mais versátil do que poderíamos supor. Ainda que no Corinthians ele nunca tenha atuado como segundo volante, já fez a função de armador centralizado, de meia aberto pelas laterais e agora de pivô no comando do ataque.

Torcemos por uma melhor sequência de jogos para o coringa Renato Augusto.

Fala de Emerson revela como o comodismo do time o levou para baixo

29 de outubro de 2013

Após o jogo de domingo, no empate diante do Santos, Emerson fez (outra vez) a afirmação “mas esse grupo é o atual campeão do mundo (questão de tempo) e tem dois títulos no ano” para se defender de algumas críticas.

Essa afirmação, repetida a exaustão por Sheik, revela apenas a (des)confortável posição de comodismo que o time atingiu. A lua-de-mel que durou bastante e ainda presenteada com os títulos do Campeonato Paulista e da Recopa. De pouquíssima expressão, mas títulos.

A equipe é vitoriosa e Tite é o maior treinador da centenária história do Cortinthians. A queda de rendimento é normal em todo esporte e o ciclo mostra que, estruturado, a recuperação também será um caminho natural.

Porém, a afirmação de Emerson mostra um lado cômodo que beira o despreocupado. Uma sensação de dever cumprido tão grande que nem precisa mais disputar outros campeonatos, ou entrar para vencer, bastando manter o que já existe e viver confortavelmente na posição de “já se conquistou tudo o que precisava”.

As consquistas históricas jamais serão esquecidas, isso é inegável. Mas espera aí, Emerson! Não dizendo que o time vá (ou sequer precise) vencer todos os campeonatos quem disputar. Mas, pensando no atual elenco, no investimento, no Brasileirão e na fase recente do time, a equipe está anos-luz de distância do que poderia estar.

Ainda que tenha conquistado tanto quanto conquistou, não considerar a ausência na Libertadores de 2014 uma derrota é fechar os olhos pra situação do time. Torceremos sempre para o Timão, mas não precisamos nos enganar.

Primeiro tempo muito bom; segundo tempo, mais do mesmo

28 de outubro de 2013

No último clássico que o Corinthians enfrentou no ano, mais um empate. Mas é possível levantar bons frutos da partida.

O Corinthians foi a campo sem centroavante, com Renato Augusto fazendo o pivo no comando do ataque. Romarinho, suspenso, deu lugar a Diego Macedo. Mesmo sendo um jogador limitado, Diego deu movimentação melhor que Romarinho ao meio da equipe.

Emerson, aparentemente querendo jogo depois de passar uns jogo no banco, fez um bom primeiro tempo, apesar de perder um gol cara a cara com Aranha (sem tirar os méritos do goleiro santista, que saiu bem do gol para cobrir o ângulo). O banco sempre faz bem a Emerson.

Douglas, outro jogador para o qual o banco faz um bem danado, fez ótima partida. O melhor em campo, foi o autor do gol do Corinthians (em lance bizarro, no qual o jogador machucou o nariz) e ainda colocou uma bola na trave no fim do jogo.

Ralf, Gil e Paulo André fizeram boa partida. Alessandro foi bem improvisado na esquerda, mas Edenílson sentiu a pressão da má fase do time. Se Fábio Santos voltasse hoje, Alessandro seria titular na direita.

No segundo tempo, o time parou outra vez e viu o Santos crescer e empatar o jogo. Walter ainda salvou uma bola cara a cara e evitou a derrota.

Renato Augusto não jogou a partida toda, como já previsto. No seu lugar, Danilo não conseguiu destaque. Incrivelmente, Pato foi pro jogo, mas também nada fez. Rodriguinho entrou aos 42 minutos, sem tempo de mostrar futebol. Esperamos que ele tenha chances em breve, pois é jogador melhor que Romarinho e Diego Macedo.

Mais um empate e sem chances de Libertadores em 2014, o Corinthians tento, ao menos, terminar o ano bem. Com esse resultado, o Timão fecha 2013 sem nenhuma derrota em clássicos.

Pataquada do atacante de 40 milhões entrega vaga para o Grêmio e o confirma como a pior contratação da história do Corinthians

24 de outubro de 2013

O jogo foi travado como era de se esperar. O Grêmio jogou melhor durante a bola rolando, principalmente no segundo tempo. Vargas teve em dois momentos a bola do jogo e não concluiu.

O Corinthians fez 3 alterações no segundo tempo. Igor foi para o lugar de Fábio Santos, lesionado. Danilo entrou na posição de Douglas e foi tão mal quanto o camisa 10 e Emerson veio para o lugar de Guilherme, mas foi rapidamente expulso em bate boca com Vargas.

Chegou a hora da verdade, os pênaltis. No gol corintiano, o novato Walter. No gol gemista, o experiente Dida.

Começou o Grêmio: Barcos bateu e Walter defendeu. Porém Danilo também parou nas mãos de Dida. Alex Telles acertou a trave e Romarinho fez o primeiro gol nas cobranças, deixando o Corinthians em vantagem.

Pará chutou forte, a bola pegou no braço de Walter, mas foi para o fundo das redes mesmo assim. Edenílson, pensando ser Roberto Carlos, bateu muito mal e Dida defendeu a bola fraca.

Elano colocou o Grêmio na frente e Alessandro empatou. Kléber, tranquilo, ampliou a vnatagem gremista outra vez. Aí veio Pato, confirmando ser, por tudo que envolve (de cifras europeias a péssimo futebol apresentado), a pior contratação da história do Corinthians.

O atacante mais caro da história do futebol brasileiro recuou a bola para Dida. Literalmente. Chutou fraco, rasteiro e no meio do gol. Não foi “cavadinha”, não foi forte, nem sequer foi um chute. Foi um recuo pífio e patético.

Quando foi contratado, eu levantei a suspeita de que jamais um jogador desse nível (Pato não é bom, nunca foi grande jogador, se morstou despreparado e irresponsável, mas sempre teve muita mística envolta em seu nome) valeria 40 milhões. Ainda mais para ser reserva (Guerrero é melhor e só não joga por conta de uma fratura no pé).

Muita gente não sabe, mas Pato tem sim sequência com Tite. Ele entrou em praticamente todos os jogos e, pelo Corinthians, já tme mais jogos que pelo Milan na última temporada. Acontece que ele é um atleta supervalorizado e limitadíssimo tecnicamente.

Tite não fica para 2014. Seu principal erro esse ano foi não expor os jogadores. Esperamos que, depois do ridículo episódio de ontem, pelo menos Pato não seja mais escalado sob o comando de Tite. Prefira um esquema sem centroavante ou mesmo o jovem Douglas Tanque.

A hora da verdade

23 de outubro de 2013

Hoje o Corinthians enfrenta o Grêmio valendo uma vaga na semi-final da Copa do Brasil. No jogo anterior, em São Paulo, o placar não saiu do zero. Para se classificar no tempo normal, o Timão precisa fazer gols: qualquer empate diferente de 0 a 0 coloca o Corinthians na próxima fase.

Então surge o problema. Como todos já sabem, o ataque tem sido o ponto fraco do time. Guerrero, nosso melhor atacante, não jogará mais em 2013. Para piorar, no último jogo entre as duas equipes (pela Campeonato Brasileiro), o Grêmio venceu por 1 a 0 e apresentou sua forte defesa para o Corinthians.

No setor ofensivo, Pato será a referência ao lado de Romarinho, que passa por péssima fase. Em péssima fase também está o até então melhor jogador do time, Danilo. Isso deixa a armação das jogadas comprometidas.

Por outro lado, Renato Augusto está recuperado de lesão e cirurgia e pode ir pro jogo. A escalação ainda não foi confirmada por Tite. Se tiver condições de jogo, sai jogando. Caso não, será opção no banco e Edenílson vai para o meio campo, deixando Alessandro titular na lateral.

Walter é a grande novidade no gol. Com a contusão de Cássio, fora até 2014, o jovem goleiro deve ser o titular do Corinthians nos próximos meses, barrando Danilo Fernandes.

O time deve ser Walter, Edeníson (Alessandro), Gil, Paulo Andre e Fábio Santos; Ralf, Guilherme, Renato Augusto (Edenílson) e Douglas; Romarinho e Pato.

Cássio e Guerrero só pra 2014

22 de outubro de 2013

O caso de ambos os jogadores que desfalcam o time na partida decisiva diante do Grêmio é mais grave do que parecia. Por conta de lesões de naturezas diferentes, é possível que o goleiro e o centroavante titulares do time só retornem aos gramados em 2014.

Cássio sentiu lesão muscular na coxa diante do Criciuma. Ele falou sobre oa ssunto em sua conta pessoal do Twitter: “Galera, bom dia. Estou muito chateado com a lesão constatada. Mas tenham certeza, eu farei o tratamento e me esforçarei ao máximo para voltar antes do previsto”.

Paolo Guerrero já tinha uma fissura confirmada no dedinho do pé esquerdo. A Confederação Peruana tinha avisado o Corinthians sobre a lesão. Alguns exames apontaram que será preciso uma pequena cirurgia no local.

O departamente médico do clube preferiu não prometer datas e não fez previsão de retorno para nenhum dos jogadores. Porém, é quase certo que apenas na temporada de 2014. Para o gol, Walter e Danilo Fernandes disputarão vaga, com preferência para o primeiro. No ataque, Pato deverá ser titular por um bom tempo.

Com mais finalizações, Corinthians consegue um gol e uma vitória diante do Criciuma

21 de outubro de 2013

Não seria um jogo normal. Tite passou por momentos delicados na última semana, tensão de uma possível dispensa. O time não marcava há quatro jogos e faz uma vexatória camapnha no Brasileirão.

Nesse cenário, parte para Itu para enfrentar o Criciuma. O jogo não teve muitas novidades, nem uma chuva de gols. O Corinthians venceu por 1 a 0 em gol de cabeça de Alexandre Pato.

Como de costume, apresentou mais volume no primeiro que no segundo tempo. Fez apenas um sofrido gol e se defendeu muito bem. Porém, uma diferença deve ser ressaltada: o time finalizou 18 vezes contra o gol adversário.

Pra um time que, em média, finaliza seis vezes, isso é um belo avanço. Claro que finalizações com real perigo, foram poucas, mas isso não tira o mérito: foi a partida no campeonato em que o Corinthians mais chegou na área adversária.

O jogo teve outros momentos a se destacar: Renato Augusto jogou 45 minutos pela primeira vez depois de sua cirurgia no joelho. Cássio, por sua vez, sentiu lesão no começo do jogo e deu lugar ao estreante Walter (que deverá ser titular na quarta-feira, diante do Grêmio pelas quartas-de-final da Copa do Brasi).

Não foi um jogo de encher o peito de esperança, mas foi bom ver uma postura melhor, com mais “fome”. O adversário de quarta é bem mais complicado. Guerrero voltou a sentir a fratura no pé e não deve jogar. Renato Augusto talvez jogue apenas um período. Estranhamente, Romarinho, jogando muito mal, deve ser titular de novo e o time deverá contar com o retorno de Danilo.

O dia em que Tite (quase) virou Zé

18 de outubro de 2013

Muita pressão interna. Um péssimo returno, com apenas 3 gols marcados e uma vitória. Quatro jogos seguidos sem marcar um gol sequer e, como de costume na cultura futebolística brasileira, alguém (o técnico) teria que pagar.

O nome em questão é Tite, o maior treinador da história do Corinthians. Do inferno ao céu um seis meses, ele levou o humilhado time eliminado diante do Tolima na fase pré-Lbertadores ao título brasileiro em 2011. Em 2012, venceu de forma invicta a mesma Liertadores da América, que fizera do Timão motivo de piada no ano anterior. Chegou no Japão e  o Mundial de Clubes.

Em 2013, o time conquistou o Paulista e a Recopa. E viu, como todo ciclo que faz do esporte a paixão e a inconstância que é, a queda vertiginosa do Corinthians no Campeonato Brasileiro. De favortio ao título ao temor do rebaixamento.

Tite mostrou sinais de cansaço. Chegou a conversar sobre demissão depois da vexatória goleada sofrida dianta da Portuguesa. A direção e os jogadores bancaram sua permanência, assumindo a maior parcela de culpa (que realmente têm).

Porém, ontem, uma reunião de 3h quase jogou fora o histórico do treinador no clube e tratou Agenor como um Zé qualquer. Uma possível dispensa inquietava mídia e torcida. Seria assim o fim da Era Tite, a mais vitoriosa da centenária história do Corinthians?

Depois de muito tensão, foi decidido que ele fica. Até dezembro, quando acaba seu contrato, que não será renovado (por falta de vontade de ambas as partes, provavelmente).

Perdê-lo como se perde um treinador sem nenhum história seria o retroceder. Seria assumir desespero e falta de tato para lidar com crises. Seria achar o bode expiatório. Entregar toda a culpa para apenas uma parte.

Tite não merece isso. A única forma que ele pode sair do Corinthians é pelas portas da frente e nos braços da torcida agradecida.